quinta-feira, 30 de junho de 2011

Acordo Ortográfico

Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no "i" e no "u" tônicos, em hiato com a vogal anterior, quando vierem depois de ditongo. Exemplos: baiuca, bocaiuva,feiura, cauila, etc.
  Obs: se a palavra for oxítona e o "i" ou o "u" estiverem em posição final (ou seguidos de "s" ), o acento permanece.
  Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí, Paranavaí, Camboriú.
  Atenção: quando postei a regra dos ditongos orais abertos, me esqueci do"s" de anzóis. Peço-lhes desculpas.
   Pessoal, toda semana postarei uma crônica para a sua apreciação.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Nova Ortografia

Os ditongos orais abertos perderam o acento apenas em palavras paroxítonas, tais como: assembleia, geleia, plateia,paranoica, etc. As oxítonas e monossílabas continuam acentuadas. Portanto: coronéis, anzóis, céu, dói, etc...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Crônica- O equívoco

 Quando vai receber o bispo, não é que o padre sempre pede colaboração!?
 E assim,encarrega uma pessoa de solicitar pratos a outras. Pois bem. Foi nesse pedido que o equívoco se deu.
 Tão logo terminara o almoço, tratei de recolher as vasilhas que as pessoas me deram. Cada uma, com certeza, levou uma iguaria diferente. Nenhuma, das pessoas que pedi, negou. Por isso mesmo, me preocupei em entregar as vasilhas o mais rápido possível. Entreguei-as todas.
 Restara a minha. Havia eu pedido a uma moça que atende por encomenda uma salada tropical de dar água na boca.
  Como em cidade pequena todo mundo conhece todo mundo, chamo um chapinha de caminhão que passa numa bicicleta.
 - Lai, você conhece Rosana? Aquela moça, irmã de Jesuíno Santana? Aquela que morava na casa de d. Nilde Almeida!...
 - Sim conheço ela.
  -Então, entregue-lhe esta tigela e diga-lhe que fui eu quem mandou.
  - Sim, já vou lá.
    Fiquei espreitando até que Lai virou a esquina e desapareceu. Despreocupada, fechei a porta e voltei aos aos afazeres de antes.
    Passado um mês, entro numa loja e encontro uma senhora que havia colaborado para o almoço do bispo. Ao avistar-me, disse-me ter encomendado a Rosana uma torta salgada para um jantar festivo. E que ela  lhe pedira que me dissesse estar precisando da vasilha que continha a salada.
   Quase caio de susto.
   - Meu Deus! A vasilha, mandei um rapaz conhecido entregar a ela há mais de um mês. Naquela ocasião, ainda lhe dei, de gorjeta, dois reais e cinquenta centavos e uma camisa do CRUZEIRO.
    Daí em diante, tive a cabeça remexida.
    Foi então que desci até a praça para encontrar o rapaz.
    Qual não foi minha surpresa, quando lhe relatei o fato e o sumiço da tigela!
     Ele respondeu-me de pronto:
     - Quá... ocê não me entregou tigela nenhuma.
        Fiquei estarrecida.
      - Como não lhe entreguei, se ainda lhe paguei dois reais e cinquenta centavos- e de quebra- uma camisa do CRUZEIRO?
        Nem se preocupou. Continuou negando que eu houvera lhe entregado a tigela.
        Lembrei-me então de que Lai bebe umas pingas e , no momento em que lhe entregara a tigela, certamente estaria bêbado.
       - Não tenho nada a fazer. Pensei de mim para comigo:
       - Como dizia minha avó, para o que não tem jeito, ajeitado está. Vou comprar outra tigela e pagar à moça.
         E assim fiz. Não encontrando igual, comprei uma parecida.
         E lá vou eu, cara grande e olho mexendo, entregar a dita à dona e explicar-lhe o acontecido. Pedi-lhe mil desculpas. Voltei aliviada.
        Algum tempo depois, chego à praça. Sou interrompida por Lai que me diz:
       - Alembrei.
       - Não é que entreguei a tigela na casa de seu Raimundo!?
         Fiquei espantada.
         Ao que ele me afirmou:
        - Quando sarei da cachaça, alembrei que seguindo o caminho que ocê me ensinou, a primeira casa era de seu Raimundo. Então entreguei a tigela a uma muié que apareceu na porta.
         Completando, disse-me que poderia despreocupar-me que ele levara a tigela para a venda de Santão.
         Não entendi por que o objeto fora parar na venda de Santão, se a dona não trabalhava lá.
         Lai, ao sentir-me o espanto, disse, tranquilamente, que combinara com a moça buscar ali a tigela. E que, segundo o balconista, esta teria levado a dita cuja.
        Achei por bem telefonar a Rosana, a fim de certificar-me do recebimento da tigela.
        Respondera-me ela que havia recebido, mas não conseguira, de forma alguma, falar comigo. Contudo, iria devolver-me aquela que eu levara em pagamento da que foi desviada.
        Disse-lhe então que ficasse com as duas,pois era merecedora daquele presente.
        Gargalhando, respondeu-me que graças à confusão feita por Lai, ela ganhara outra tigela.
         Ri de alegria. Ri do fato. O equívoco criou-me alma nova.

       
         


quinta-feira, 16 de junho de 2011