quinta-feira, 21 de julho de 2011

Acordo Ortográfico

           Mudanças no alfabeto
   O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo fica assim:
  A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
   As letras k, w e y, que, na maioria dos dicionários da nossa língua, não tinham desaparecido, pois são usadas em várias situações, tais como:
 a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km ( quilômetro ), kg ( quilograma ), W (watt );
 b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros ( e seus derivados ): show, playboy, playground, windsurf, kungfu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafiano.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Acordo Ortográfico Emprego do hífen ( continuação )

7. Quando o prefixo termina por consoante, não se emprega o hífen se o segundo elemento iniciar-se por vogal. Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar, interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico, superexigente, superinteressante, superotimismo.
8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, emprega-se sempre o hífen. Exemplos:
 além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém-casado, recém-nascido, sem-terra.
9. Deve-se empregar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani:açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10. Deve-se empregar o hífen para ligar duas ou mais palavras que eventualmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Nierói, eixo Rio-São Paulo.
11. Não se deve empregar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos: girassol, madressilva, mandachuva, madrepérola, paraquedas, paraquedista, passatempo, pontapé etc.
12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, este deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
 No distrito, fala-
 -se que ele fugiu.
 O reitor visitou os ex-
-professores da Universidade.
             

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Acordo Ortográfico - Emprego do hífen

Algumas regras do emprego do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Apresentamos um resumo que norteia o emprego do hífen com os prefixos mais comuns, bem como as novas orientações prescritas pelo Acordo.
  As observações a seguir se referem ao emprego do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que, muitas vezes, funcionam como prefixos, tais como: aero, agro, além, ante, anti, aquém,
arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
  1. Com prefixos, emprega-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
   Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, macro-história, mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.
  Exceção: subumano ( nesse caso, a palavra humano perde o h ).
   2. Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente daquela com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição, extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto, semiesférico, semiopaco.
   Exceção: o prefixo co aglutina-se geralmente com o segundo elemento, ainda que este se inicie por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
  3. Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento inicia-se por consoante diferente de r ou s.  Exemplos:  anteprojeto, antipedagógico, autopeça, autoproteção, coprodução, geopolítica, microcomputador, pseudoprofessor, semicírculo, semideus, seminovo, ultramoderno.
  Atenção: com o prefixo vice, emprega-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante, vice-diretor, vice-prefeito etc.
  4. Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento inicia-se por r  ou s. Nesse caso, duplicam-se as referidas letras. Exemplos: antirrábico, antirracismo, antirreligioso, antirrugas, antissocial, biorritmo, contrarregra, contrassenso, cosseno, infrassom, microssistema, minissaia,, multissecular, neorrealismo, neossimbolista, semirreta, ultrarresistente, ultrassom.
  5. Quando o prefixo termina por vogal, emprega-se o hífen se o segundo elemento iniciar-se pela mesma vogal. Exemplos: anti-ibérico, anti-imperialista, anti-inflacionário, anti-inflamatório, auto-observação, contra-almirante, contra-atacar, contra-ataque, micro-ondas, micro-ônibus, semi-internato, semi-interno.
  6. Quando o prefixo termina por consoante, emprega-se o hífen se o segundo elemento iniciar-se pela mesma consoante. Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário, super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.
  Atenção:
  a) No demais casos não se emprega o hífen. Exemplos: hipermercado, intercomunicação, superinteressante, superproteção.
  b) Com o prefixo sub, emprega-se também o hífen diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.
  c) Com os prefixos circum e pan, emprega-se o hífen diante de palavra que se inicie por m, n  e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
  OBS: Continuaremos a nossa apresentação oportunamente.

terça-feira, 12 de julho de 2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Correção

Amigos, quero desculpar-me com vocês, pois no texto O equívoco,  escrevi duas vezes a palavra aos.
Somente depois da publicação, percebi  isso. Obrigada.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Crônica - O anoitecer

  Janelas abertas que dão para o quintal. Olho lá fora, e não mais aparece o verde matizado com as frutinhas vermelhas da acerola. O véu da noite descerra uma imagem que não é mais aquela de horas atrás. O espaço florido, de antes, é agora uma sombra que ensaia a chegada das primeiras estrelas.
  Na rua, barulho de motos, trazendo de volta, as pessoas do trabalho. Carros buzinam cansados. Transeuntes passam nas calçadas, buscando o repouso que os espera.
  Cá dentro, ouço o pulsar do próprio coração em consonância com os pensamentos que me povoam a mente. O relógio tiquitaqueia como se me avisasse a implacabilidade do tempo. Contudo, a noite que se faz escura não consegue fazer-me medo. Este é um vento que sopra na impressão de quem não ouve  a voz da noite. Ela diz tudo sem, todavia, dizer nada. Revestida de mistérios, conquista sonhos, bem como anuncia boas vindas aos que lhe ouvem a música e lhe entendem as notas.
   A noite incita lembranças. E, assim, começo a lembrar-me de um doente mental que há mais de quarenta anos enchia de gritos a noite: - Lá vem um defunto aí, cê tem medo dele? Cê viu o defunto morto?
   E eu respondo que o defunto é ele que já se foi, deixando dentro da noite a magia de seus gritos, a graça de sua espontaneidade... o defunto não está morto, digo eu, pois viva é sua lembrança. Viva é a saudade. Vivo é o eco que insiste em atordoar-me os ouvidos da mente.
   A noite já se vai alta. Os ruídos, lá fora, morrem aos poucos como aquele doente mental que se despediu. E como a noite sempre faz, sai de cena.
   O anoitecer tem cheiro. Tem vida. Tem emoções. E só não sente tudo isso quem não tem olfato e paladar na alma.
   Anoitecer. Sempre anoitecer.

Acordo Ortográfico

Perderam o acento agudo o u tônico das formas(tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
Embora os verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc, admitam duas pronúncias em algumas formas do presente do subjuntivo, e também do imperativo, no Brasil, a pronúncia mais corrente é acentuar o a e o u tônicos pronunciados. Exemplos:
  a) verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
  b) verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.

domingo, 3 de julho de 2011

Acordo Ortográfico

Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/ para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/ pelo(s), pólo(s)/ polo(s) e pêra/ pera.
  Como fica:
  Ele para o carro.
  Ele foi ao polo Norte. 
  Ele gosta de jogar polo.
  Esse gato tem pelos brancos.
   Atenção:
   a) Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder(pretérito perfeito do indicativo do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do sigular.
 Exemplo: Ontem, ele não pôde sair comigo, mas hoje ele pode.
 b) Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.
  Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi pintada por mim.
  c) Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados(manter, deter, reter, conter,convir, intervir, advir etc.).
  Exemplos:
  Ele tem dois carros./Eles têm dois carros.

  Ele vem de Salvador./ Eles vêm de Salvador.
  Ele mantém a palavra.
  Eles mantêm a palavra
  Ele convém aos estudantes./ Eles convêm aos estudantes.
  Ele detém o poder. Eles detêm o poder.
  Ele intervém em todas as aulas. Eles intervêm em todas as aulas.
  d) É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma. Em alguns casos o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma de bolo?
  Obs : Vejam, da próxima vez, a continuação da última regra de acentuação gráfica , conforme Acordo Ortográfico.
  Obrigada.
 

  
  
  

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Acordo Ortogáfico

Não se usa mais o acento das palavras terminadas em "êem e ôo(s)"
Como fica:
abençoo(verbo abençoar); creem(verbo crer); deem(verbo dar); doo(verbo doar); enjoo; leem(verbo ler); magoo(verbo magoar); perdoo(verbo perdoar); povoo(verbo povoar); veem(verbo ver); voo, voos, zoo(forma reduzida de zoológico).
 Atenção: inserem-se nesta regra: coroo(verbo coroar), abotoo(verbo abotoar), moo(verbo moer)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Acordo Ortográfico

Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no "i" e no "u" tônicos, em hiato com a vogal anterior, quando vierem depois de ditongo. Exemplos: baiuca, bocaiuva,feiura, cauila, etc.
  Obs: se a palavra for oxítona e o "i" ou o "u" estiverem em posição final (ou seguidos de "s" ), o acento permanece.
  Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí, Paranavaí, Camboriú.
  Atenção: quando postei a regra dos ditongos orais abertos, me esqueci do"s" de anzóis. Peço-lhes desculpas.
   Pessoal, toda semana postarei uma crônica para a sua apreciação.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Nova Ortografia

Os ditongos orais abertos perderam o acento apenas em palavras paroxítonas, tais como: assembleia, geleia, plateia,paranoica, etc. As oxítonas e monossílabas continuam acentuadas. Portanto: coronéis, anzóis, céu, dói, etc...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Crônica- O equívoco

 Quando vai receber o bispo, não é que o padre sempre pede colaboração!?
 E assim,encarrega uma pessoa de solicitar pratos a outras. Pois bem. Foi nesse pedido que o equívoco se deu.
 Tão logo terminara o almoço, tratei de recolher as vasilhas que as pessoas me deram. Cada uma, com certeza, levou uma iguaria diferente. Nenhuma, das pessoas que pedi, negou. Por isso mesmo, me preocupei em entregar as vasilhas o mais rápido possível. Entreguei-as todas.
 Restara a minha. Havia eu pedido a uma moça que atende por encomenda uma salada tropical de dar água na boca.
  Como em cidade pequena todo mundo conhece todo mundo, chamo um chapinha de caminhão que passa numa bicicleta.
 - Lai, você conhece Rosana? Aquela moça, irmã de Jesuíno Santana? Aquela que morava na casa de d. Nilde Almeida!...
 - Sim conheço ela.
  -Então, entregue-lhe esta tigela e diga-lhe que fui eu quem mandou.
  - Sim, já vou lá.
    Fiquei espreitando até que Lai virou a esquina e desapareceu. Despreocupada, fechei a porta e voltei aos aos afazeres de antes.
    Passado um mês, entro numa loja e encontro uma senhora que havia colaborado para o almoço do bispo. Ao avistar-me, disse-me ter encomendado a Rosana uma torta salgada para um jantar festivo. E que ela  lhe pedira que me dissesse estar precisando da vasilha que continha a salada.
   Quase caio de susto.
   - Meu Deus! A vasilha, mandei um rapaz conhecido entregar a ela há mais de um mês. Naquela ocasião, ainda lhe dei, de gorjeta, dois reais e cinquenta centavos e uma camisa do CRUZEIRO.
    Daí em diante, tive a cabeça remexida.
    Foi então que desci até a praça para encontrar o rapaz.
    Qual não foi minha surpresa, quando lhe relatei o fato e o sumiço da tigela!
     Ele respondeu-me de pronto:
     - Quá... ocê não me entregou tigela nenhuma.
        Fiquei estarrecida.
      - Como não lhe entreguei, se ainda lhe paguei dois reais e cinquenta centavos- e de quebra- uma camisa do CRUZEIRO?
        Nem se preocupou. Continuou negando que eu houvera lhe entregado a tigela.
        Lembrei-me então de que Lai bebe umas pingas e , no momento em que lhe entregara a tigela, certamente estaria bêbado.
       - Não tenho nada a fazer. Pensei de mim para comigo:
       - Como dizia minha avó, para o que não tem jeito, ajeitado está. Vou comprar outra tigela e pagar à moça.
         E assim fiz. Não encontrando igual, comprei uma parecida.
         E lá vou eu, cara grande e olho mexendo, entregar a dita à dona e explicar-lhe o acontecido. Pedi-lhe mil desculpas. Voltei aliviada.
        Algum tempo depois, chego à praça. Sou interrompida por Lai que me diz:
       - Alembrei.
       - Não é que entreguei a tigela na casa de seu Raimundo!?
         Fiquei espantada.
         Ao que ele me afirmou:
        - Quando sarei da cachaça, alembrei que seguindo o caminho que ocê me ensinou, a primeira casa era de seu Raimundo. Então entreguei a tigela a uma muié que apareceu na porta.
         Completando, disse-me que poderia despreocupar-me que ele levara a tigela para a venda de Santão.
         Não entendi por que o objeto fora parar na venda de Santão, se a dona não trabalhava lá.
         Lai, ao sentir-me o espanto, disse, tranquilamente, que combinara com a moça buscar ali a tigela. E que, segundo o balconista, esta teria levado a dita cuja.
        Achei por bem telefonar a Rosana, a fim de certificar-me do recebimento da tigela.
        Respondera-me ela que havia recebido, mas não conseguira, de forma alguma, falar comigo. Contudo, iria devolver-me aquela que eu levara em pagamento da que foi desviada.
        Disse-lhe então que ficasse com as duas,pois era merecedora daquele presente.
        Gargalhando, respondeu-me que graças à confusão feita por Lai, ela ganhara outra tigela.
         Ri de alegria. Ri do fato. O equívoco criou-me alma nova.

       
         


quinta-feira, 16 de junho de 2011